Margarida Marques, Eurodeputada do PS

Proust Militante – Margarida Marques

Nesta edição de Julho de 2023, convidámos Margarida Marques, Eurodeputada do Partido Socialista e e fundadora da Juventude Socialista, para responder ao Questionário Proust Militante.

Como entraste na Juventude Socialista?

Sou fundadora da JS. Não podia ser diferente! Era essencial naquele momento, ainda em abril de 74, criar e depois formalizar a criação da organização de juventude do PS.

Qual o momento da tua militância que mais te marcou?

O período da transição democrática com desafios novos todos os dias, desde lidar com o crescimento exponencial da JS por aqueles jovens que queriam ser atores e não observadores da transição democrática até a sucessão de acontecimentos diários na sociedade portuguesa. E sempre estivemos aí – nas escolas, nas empresas, nas associações, nas comissões de moradores, nas cooperativas, … – na defesa e na consolidação da democracia. Depois talvez votar pela primeira vez e viver a vitória do PS.

O que mais te orgulha teres feito na tua militância?

Na minha militância na JS? Participar na fundação da JS e ter sido, 7 anos mais tarde a primeira mulher sua Secretária Coordenadora (hoje SG) .

Quem foi a pessoa que mais marcou a tua militância?

Aqueles com quem conjuntamente fundamos e construímos a JS.

Quem é a tua grande referência política na área do socialismo democrático?

Jorge Sampaio

E fora do campo do socialismo democrático?

Os fundadores da Comunidade Europeia, os sociais democratas, mas também os democratas cristãos. Que tiveram a visão da necessidade de criar um espaço de paz, de liberdade, de cooperação económica…

Qual a característica que mais admiras num político?

Respeito total e intrínseco pela democracia, pelo estado de direito, pelos direitos dos cidadãos.

E qual a característica que mais desprezas?

Usar na política, é de política que estamos a falar, a mentira como forma de vida.

Qual foi o discurso que mais te inspirou até hoje?

Recentemente? O de António Guterres quando apresentou a sua visão para o futuro das Nações Unidas. No processo de seleção para Secretário Geral.

Qual foi a medida/política que mais te marcou até hoje?

Tenho sempre muita dificuldade em responder a questões “o mais, o melhor…”, mas para a vida do nosso país, a aprovada Constituição em 1976. Mas destaco também a primeira votação na AR da despenalização do aborto. Ainda muito redutora, foi um primeiro passo.

Se tivesses a oportunidade de mudar algo no mundo, o que seria?

Dar à UE um papel mais forte no contexto global, num mundo multilateral, mais justo, mais sustentável e mais igualitário

Qual o livro que todo o socialista tem de ler?

As Memórias de Jorge Sampaio, de José Pedro Castanheira.

Qual o filme que todo o socialista tem de ver?

Ver muito muito bom cinema. Os socialistas e os cidadãos e cidadãs em geral.

Qual o conselho que deixas a quem está agora a iniciar a sua militância política?

Sejam militantes exigentes para com a sua organização, sejam sinceros e solidários.

O que é o socialismo para ti?

É a construção que tem como centro os cidadãos e os seus direitos. E que organiza os mecanismos e as políticas necessários para que os direitos não sejam apenas direitos teóricos, mas que permita que os cidadãos possam de facto aceder e usufruir desses direitos.

Margarida Marques

Margarida Marques

Deputada ao Parlamento Europeu