Livro
“10 minutos e 38 segundos neste mundo estranho” – Elif Shafak (2019)
Uma narrativa repleta de ternura e distopia que retrata a vida de Leila Tequila: uma jovem que parte rumo a Istambul à procura de uma vida melhor e acaba envolvida numa rede de prostituição. Assassinada e depositada num contentor do lixo, a consciência de Leila não se apaga de imediato: uma última reserva de energia reativara e interligara vários neurónios, prolongando a sua atividade cerebral por mais 10 minutos e 38 segundos após a sua morte. Um autêntico tributo aos sem-nome e aos marginalizados, cujas personagens traduzem as problemáticas sociais do país e denunciam uma sociedade marcadamente patriarcal.
Filme /Documentário
“Hissène Habré, uma tragédia chadiana” – Mahamat-Saleh Haroun (2016)
Neste documentário, o cineasta Mahamat Saleh Haroun faz-se acompanhar de Clément Abaïfouta, presidente da Associação das Vítimas dos Crimes do Regime de Hissène Habré [1], para recolher testemunhos daqueles que resistiram a uma ditadura sangrenta que dizimou mais de quarenta mil vidas, e que condenou – física e psicologicamente – tantos outros milhares de chadianos.
Álbum
“Vida” – Omara Portuondo (2023)
Gravado durante a pandemia, este é o mais recente disco da lenda viva da música cubana: Omara Portuondo. Aos 92 anos, a artista diz adeus aos palcos numa digressão por vários países – entre os quais Portugal, onde esteve recentemente. Lançado em maio, o seu disco “Vida” é, nas palavras da própria, “um hino à vida” por tudo o que passou “como mulher e ser humano”, pelas “humilhações” que enfrentou “por ser negra, cubana e mulher” [2].Evento
“Symphony of Sorrows/Cantata” – Companhia Nacional de Bailado (2023)
Partilhada pelos coreógrafos Miguel Ramalho e Mauro Bigonzetti, esta produção da Companhia Nacional de Bailado propõe-nos duas obras que retratam o poder do coletivo, por via de linguagens, abordagens e atmosferas distintas. Os próximos espetáculos decorrerão a 23 de setembro, no Teatro Aveirense; a 27 de setembro, no Teatro Municipal de Bragança; a 30 de setembro, no Teatro Municipal de Vila Real; e a 3 de novembro, no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz.Ana Madureira
Secretária Nacional da JS para a Cultura